sábado, 19 de janeiro de 2013

Natal na comunidade do Socorro, Margem direita do Rio Solimões

O Pacu pulou dentro do barco e a Marcela quase pulou fora, tamanho foi o susto. Coitado do Pacu, quase morreu do coração quando viu a Marcela. A Su só dava risada.  Eta rio mais rico, os peixes pulam dentro do barco sozinhos. Saudades dessa indiazinha e do Amazonas querido!

Alegria e festa. Reunião da comunidade, pessoas que se conhecem a muito tempo e que brincam sem pudores e vergonhas. A criançada assistindo se matando de rir. 

la profundidad...

Futebol da comunidade no fim de tarde na beira do Solimões. Paisagem fenomenal e pessoas muito tranquilas. Isto que eu diria qualidade de vida, apesar das dificuldades.
Tarde inteira conversando e tomando umas com os amigos da comunidade. Ali não fiz apenas amigos, mas irmãos profundos. Com o coração partido me fui embora, mas certo de que reencontrarei esta família novamente. 

Les Etóile que acompanham pelo caminho

Rafa e Natan. Paraná e Minas Gerais atacando um tambaqui assado.

Rafa, Rachel, Fer Curica, Dani, Careta e Neto na parceria do chopp na sexta a noite!
Saudades dos forrós com essa gurizada.

Os jovens protagonistas do fortalecimento comunitário da Floresta Nacional de Tefé: Hélida, Nai, Hefinho, Samuel e Tati. Preparando o seminário de Educação da FLONA de Tefé. Saudades enormes desse povo.

Subindo o Solimões em Direção a Alvarães

Saímos de Tefé, entramos pelo Paranã de Tefé até sair no Rio Solimões. Subimos o Rio por aproximadamente uma hora até chegar no município de Alvarães. No caminho me deparo com esta Samaúma. A maior árvore existente no Brasil, símbolo da Amazônia. 
Ela é linda, de uma beleza única, um desenho poético feito pela natureza!!!

Tambaqui pro almoço com a mulecada.

Paramos na estrada Alvarães Tefé. Um sitiozinho maravilhoso com esta casinha na beira de um lago. Vida boa demais. Quem disse que pobre não tem conforto. Aqui os donos, agricultores simples e trabalhadores, criam Tambaqui, Pirapitinga, Pirarucú e alguns quelônios, mas como em toda Amazônia, o apoio técnico é inexistente, a não ser enquanto favor eleitoral, ai rola solto. Mas quem sabe deixamos de saturar os sul com profissionais que ficam batendo cabeça e começamos a vir trabalhar pra dar apoio no norte?

Mercado municipal de Alvarães. Aqui se vende peixe dos pescadores do entorno, mas volta e meia aparece carne de caça de animais silvestres. Um município pobre, com pouco mais de 15 mil habitantes, a maioria na zona rural, mas com um prefeito bem rico. O prefeito adora comemorar suas festas com quelônios e ovos de tracajá, proibidos pelos órgãos ambientais. Mas quem disse que não existem mais coronéis?
Praia formada no centro do rio Solimões. Um verdadeiro mar de dunas baixas no meio do rio, época de seca, mas uma paisagem que só pachamama poderia conceber. 
Eu e meu amigo Dione Torquato. O Hefinho ficou de fotógrafo. Afinal pilotar uma baleeira pelo Solimões é uma experiencia necessária. Alguns acham que é só colocar o barco na água e sair andando, mas as coisas não são tão simples nunca, que bom. Mas já senti o que sente um ribeirinho quando tem que passar horas pilotando um barco, o braço sente bastante.
E o sol se pondo na margem esquerda do Rio Solimões. Momento mágico no interior da floresta encantada.
Não precisa de palavras!


Na Floresta Mágica da Comunidade São Francisco do Arraia

Dança dos Macacos doidos na Folia
Passei algum tempo com eles na comunidade, escrevendo um projeto pra conseguir recursos e financiamento desta atividade cultural que mobiliza toda a comunidade. Todas as apresentações que vi, me matei de rir, me encantei com os macacos e as crianças se divertindo a beça.

MÚSICA
Macaquinho subiu lá no pé da bananeira
Macaquinho subiu lá no pé da bananeira
Comeu tanta banana que lhe deu tanta coçeira
A cabeçinha coça coça a cabeçinha
A cabeçinha coça coça a cabeçinha...

Sentado ouvindo a composição do meu amigo Elson, o macaco prego e mais brincalhão dos macacos doidos. O Adrianinho assiste ao ensaio curioso. Na comunidade do Arraia.

Nem tudo é estudo, nem tudo é um doce, nem caldo com farinha. Trabalhar no roçado faz parte do aprendizado. Sentir na pele o que os agricultores sentem todo dia é uma disciplina que se aprende com vontade e imersão. Não na faculdade com ar-condicionado. Tava quente, tava duro, mas mil vezes o aprendizado desta forma.

Preçe Erzuli, Loa da Paz...

Abrete corazón,
Abrete sentimiento,
Abrete entendimiento,
deja de lado la Razón
y deja brillar el sol
escondido en tu interior.
Abre tu memoria antigua
escondida en la tierra , en el aire,
hace ya mucho tiempo
ya es hora
ya es hora
Como el amor CURA
Como el espiritu SANA
y la vida perdura.
                Rafaela, Loa do Amor.